O movimento cívico Unidos Por Torres Vedras (UTV), com representação na vereação da Câmara Municipal de Torres Vedras, afirma hoje, em nota enviada à comunicação social, que o acesso da população do concelho aos cuidados de saúde primários é “claramente insuficiente” embora haja “instalações recentes subutilizadas – como é o caso do Centro de Saúde de Ventosa”
A situação atual do serviço nacional de saúde português tem mostrado algumas debilidades estruturais e essas debilidades têm assumido algum dramatismo no concelho de Torres Vedras.
Segundo os Unidos Por Torres Vedras, no concelho “temos Cuidados de Saúde Diferenciados sem meios físicos, técnicos e humanos para fazer face às solicitações, quer as que correspondem à sua Missão, quer as que não estão a ser assumidas pelos Cuidados de Saúde Primários, sobrecarregando os seus recursos, com todos os custos financeiros e humanos inerentes. Temos Profissionais de Saúde exaustos, desmotivados e muito pouco reconhecidos e valorizados.”
O hospital de Torres Vedras protagoniza uma boa parte do descontentamento que se sente no concelho relativamente ao acesso à saúde. “ o atual hospital continua a definhar. Quer em termos de espaço, de infraestruturas ao dispor dos profissionais de saúde, ou do próprio número desses profissionais, que acabam na verdade ‘expulsos’ pela ausência de condições dignas de trabalho e serviço aos utentes. De há vários anos para cá que se discute a transferência de alguns serviços administrativos e também de algumas consultas externas para o Hospital do Barro” prossegue este comunicado dos UTV.
O contributo deste grupo político para sanar estes problemas que há muito afetam a população concelhia passa, nomeadamente, pela proposta de “inscrição de uma verba no Orçamento Municipal para executar obras que permitissem aliviar as instalações do atual hospital, até que o novo esteja concluído”. Ainda segundo os UTV, “a Presidente da Câmara validou as razões apresentadas e aprovou a inscrição de uma verba de 300.000 € no orçamento de 2022. Porém, nada fez para executar essas obras e voltou atrás na decisão, argumentando que, afinal, há um Protocolo (com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa) que o impede na prática. Passou o ano de 2021, passou o ano de 2022 e a solução para alívio da situação urgente do Hospital de Torres Vedras continua sem existir“.